COMPOSIÇÃO da Dieta e Sua Associação Com o Fenótipo
metabolicamente Saudável em Indivíduos da Linha de Base Do
elsa-brasil

Nome: SARA RODRIGUES ALVES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 14/12/2017
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CAROLINA PERIM DE FARIA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CAROLINA PERIM DE FARIA Orientador
JOSE GERALDO MILL Suplente Interno
JOSÉ LUIZ MARQUES ROCHA Suplente Externo
MARIA DEL CARMEN BISI MOLINA Examinador Interno
NAGELA VALADÃO CADE Examinador Externo

Resumo: A obesidade é uma doença de causa multifatorial sendo considerada fator de risco
para o desenvolvimento de Doenças Crônicas não Transmissíveis. Contudo, existem
indivíduos obesos que não apresentam perfil metabólico desfavorável, denominados
pela literatura como obesos metabolicamente saudáveis. Acredita-se que fatores
genéticos, estilo de vida entre outros possam influenciar na determinação deste
fenótipo. Entre os fatores de estilo de vida, destaca-se o consumo alimentar; a
utilização dessa variável em estudos epidemiológicos tende a ser limitada e, seus
resultados ainda são inconclusivos. Assim, o objetivo desta pesquisa foi investigar a
associação entre o consumo alimentar e a obesidade metabolicamente saudável. A
população da pesquisa foi proveniente da linha de base do ELSA-Brasil (N= 15.105)
e após critérios de exclusão, a amostra final contou com n=2.033. Foram
classificados como obesos, os indivíduos com IMC ≥ 30 kg/m², IDF e NHANES
foram utilizados para a definição do desfecho. A idade média dos participantes foi
53,3 anos e 1130 (55,6%) eram mulheres. Observou-se prevalência de 19,3% de
obesidade metabolicamente saudável. Com relação ao consumo alimentar,
permaneceram associados positivamente ao desfecho, após ajuste pelas variáveis
citadas acima, os lipídeos totais (g) (RC 1,007), dentre eles a gordura saturada (g)
(RC 1,017), e gordura trans (g) (RC 1,119). A idade mais jovem, sexo feminino,
melhor auto-percepção de saúde, situação empregatícia ativa, nível elevado de
escolaridade, atividade física forte, IMC mais baixo e menor ganho de peso desde os
20 anos apresentaram associação positiva com o fenótipo saudável independente
do consumo alimentar. Conclui-se que o consumo de nutrientes se associou com a
obesidade metabolicamente saudável de maneira distinta do preconizado nas
recomendações e guias alimentares, mesmo após ajustes; demonstrando que,
apesar de apresentarem diferenças nutricionalmente pequenas, indivíduos
saudáveis têm comportamento alimentar de pior qualidade. Tal achado sugere que
outros fatores não abordados pela presente pesquisa, como questões epigenéticas
ou as interações entre alimentos e nutrientes (padrões alimentares) podem ser o elo
faltante no estudo da obesidade metabolicamente saudável.
Palavras chave: Obesidade. Obesidade metabolicamente benigna. Epidemiologia.
Saúde pública. consumo alimentar.

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