Fatores de Risco Cardiovascular: um Estudo em Agricultores do Espírito Santo

Nome: TAMIRES CONCEIÇÃO DA LUZ
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 05/04/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUCIANE BRESCIANI SALAROLI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ELIANA ZANDONADE Suplente Externo
JOSE GERALDO MILL Examinador Externo
LUCIANE BRESCIANI SALAROLI Orientador
MIRIAM CARMO RODRIGUES BARBOSA Suplente Interno
OLÍVIA MARIA DE PAULA ALVES BEZERRA Coorientador

Páginas

Resumo: As populações rurais têm modificado os seus hábitos alimentares e de vida ao longo dos anos, tendo como consequência o aumento da ocorrência de doenças cardiovasculares. Ainda são escassos os estudos que descrevem como esses fatores de risco estão distribuídos nessas populações. Em vista disso, este estudo tem por objetivo estimar a prevalência de fatores de risco cardiovascular na população de agricultores de Santa Maria de Jetibá e a associação com as variáveis sociodemográficas, ocupacionais, estilo de vida e indicadores antropométricos. Trata-se de um estudo epidemiológico de base populacional e delineamento transversal, desenvolvido com agricultores familiares da área rural da cidade de Santa Maria de Jetibá/ES. Foi aplicado questionário e realizadas avaliações hemodinâmica e antropométrica, assim como exames bioquímicos. Dentre os dados coletados foram escolhidos como desfechos quatro fatores de risco cardiovascular definidos nos estudos de Framingham (hipertensão arterial, dislipidemia, tabagismo e glicemia de jejum). Dos 790 participantes do estudo 52,3% (n=413) eram do sexo masculino, 88,9% eram brancos (n=702), 31% se encontravam na faixa etária de 30 a 40 anos (n=444) e 67,5% tinham entre zero e quatro anos de estudo. Em relação aos fatores de risco cardiovascular, hipertensão foi mais prevalente nos homens (p<0,001), e dislipidemia foi mais prevalente nas mulheres (p= 0,036). O número de fatores de risco cardiovascular associou-se à idade (p<0,001), escolaridade (p<0,001), posse da terra (p=0,003), total de horas de trabalho semanal (p=0,004), tempo de trabalho como agricultor familiar (p<0,00), índice de massa corporal (p<0,001), perímetro da cintura (p=0,005) e dobra cutânea tricipital (p=0,001). Ter mais de 30 anos de trabalho como agricultor aumentou a chance de ter dois ou mais fatores de risco cardiovascular em 10,72 vezes (OR 2,92, IC 1,365 – 84,301); Perímetro da cintura elevado aumentou a chance em 2,43 vezes de ter dois ou mais fatores de risco cardiovascular (OR:2,431, IC 1,526-3,874); Dobra cutânea tricipital aumentou a chance de ter dois ou mais fatores de risco cardiovascular em 1,54 vezes (OR: 1,539, IC: 1,013-2,339). Os resultados demonstram que os agricultores familiares estão expostos a fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Sendo importante a criação de políticas públicas no SUS que atendam as demandas específicas desta população.

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