Ângulo de fase e índices de prognóstico inflamatório e nutricional em mulheres submetidas à cirurgia bariátrica

Nome: KYMBERLE BETZEL KOEHLER NASCIMENTO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/05/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
FABIANO KENJI HARAGUCHI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABIANO KENJI HARAGUCHI Orientador
LUCIANE BRESCIANI SALAROLI Examinador Interno
ROGERIO GRACA PEDROSA Coorientador
VALERIO GARRONE BARAUNA Examinador Externo

Resumo: Introdução: a cirurgia bariátrica é indicada como tratamento para obesidade
grave, e a avaliação nutricional nos primeiros seis meses pós-cirurgia é
imprescindível, visto a aguda perda de peso que pode ocorrer nesse período. O
ângulo de fase (AF) é um indicador de estado nutricional e prognóstico, e os
índices de prognóstico inflamatório e nutricional têm sido utilizados para
avaliação de pacientes em diversas situações clínicas. A relação entre AF e
índices de prognóstico inflamatório e nutricional é pouco conhecida,
especialmente em pacientes bariátricos. Objetivou-se avaliar o AF e sua
correlação com índices de prognóstico inflamatório e nutricional em mulheres
submetidas à gastroplastia redutora com desvio intestinal em “Y de Roux”.
Métodos: o estudo foi realizado com pacientes do sexo feminino do Programa
de Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital Universitário Cassiano Antônio
Moraes. Elas foram avaliadas em três momentos: aproximadamente um mês
antes da cirurgia (M0) e aproximadamente no 2º (M1) e 6º (M2) meses após a
cirurgia. Foram avaliados os seguintes parâmetros: peso corporal, altura, índice
de massa corporal (IMC), AF, concentrações séricas de pré-albumina,
albumina, proteína C-reativa (PCR) e alfa-1-glicoproteína ácida (α1-GA), a
relação PCR/albumina e o Índice de Prognóstico Inflamatório e Nutricional
(IPIN). Os dados foram analisados utilizando o teste de normalidade de
Shapiro-Wilk, teste de ANOVA uma via para medidas repetidas com post hoc
de Sidak e correlações de Pearson ou Spearman, conforme a natureza dos
dados. Resultados: o peso corporal e o IMC diminuíram significativamente ao
longo dos períodos avaliados (p<0,05). O AF apresentou redução significativa
ao longo dos períodos avaliados, sendo que os valores em M1 e M2 diferiram
de M0. As concentrações séricas de pré-albumina, PCR e &#945;1-GA reduziram
significativamente ao longo dos momentos, sendo que as concentrações em
M1 e M2 diferiram de M0 (p<0,05). A relação PCR/albumina apresentou
redução significativa ao longo dos momentos, sendo M1 e M2 diferentes de M0
(p<0,05). O IPIN não acusou alterações estatisticamente significativas, mas
indicou mudança na classificação de baixo risco de complicações para sem
infecção/inflamação, demonstrando melhora do prognóstico dessas pacientes.
Houve correlação muito forte entre o IPIN e a relação PCR/albumina (r=0,96,
p<0,001). Não houve correlação significativa entre AF e os índices de
prognóstico, entretanto, observou-se correlação forte direta entre o AF e as
concentrações séricas de pré-albumina (r=0,633, p<0,01), que se manteve
moderada em M0 (r=0,55, p=0,01) e M1 (r=0,57, p<0,01), o que sugere o uso
do AF como indicador do estado nutricional durante o período perioperatório de
mulheres submetidas à GRDYR. Conclusão: ocorreram redução do AF e
melhora do prognóstico inflamatório e nutricional. O AF não se correlacionou
com a melhora do prognóstico indicada pelos índices, entretanto, a forte
correlação do AF com as concentrações séricas de pré-albumina sugere sua
aplicabilidade na avaliação do risco nutricional após a GRDYR e reforça sua
utilização como ferramenta alternativa para avaliação do estado nutricional.
Palavras-chave: Obesidade. Derivação Gástrica. Impedância Elétrica.

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