Efeito da ingestão de cafeína sobre o desempenho de socos e respostas perceptivas em atletas de combate

Nome: ARTHUR PERSIO DE AZEVEDO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/05/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUCAS GUIMARÃES FERREIRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRÉ SOARES LEOPOLDO Examinador Interno
FABIAN TADEU DO AMARAL Examinador Externo
LUCAS GUIMARÃES FERREIRA Orientador

Resumo: São bem documentados na literatura científica os efeitos benéficos da ingestão
de cafeína no desempenho atlético, especialmente em exercício prolongado, de
caráter predominantemente aeróbio. Além disso, há evidências crescentes de
sua aplicação em exercícios de curta duração e alta intensidade. Os combates
de artes marciais envolvem em geral esforços intermitentes, onde golpes são
desferidos com máxima potência. O efeito da ingestão de cafeína sobre o
desempenho de lutadores foi, entretanto, pouco explorado até então. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da ingestão aguda de cafeína sobre o desempenho intermitente de socos e respostas perceptivas em lutadores. Para tanto, 11 atletas de esportes de combate, do sexo masculino, com idade entre 18-35 anos e com peso variando entre 70kg e 95kg, foram selecionados e submetidos à protocolo intermitente de socos que consiste em três períodos de 15 segundos, com intervalo de 45 segundos, onde foram orientados a desferir o maior número de socos com o membro dominante com a maior força possível.
Foram coletados indicadores de desempenho (número de socos e força máxima
e médias de socos), além de medidas subjetivas de prontidão física e mental e
percepção de esforço. Após sessão de familiarização e em dias distintos, os
participantes realizaram o mesmo protocolo em duas condições, de forma
randomizada e com controle duplo-cego: 60 minutos após a ingestão de solução contendo cafeína (5 mg/kg) ou placebo (água aromatizada). Não houveram diferenças no número de socos desferidos em cada série (p=0,4562) ou no número total de socos (p=0,99), bem como sobre a força máxima (p=0,4534) e força média dos socos (p=0,7044). Além disso, não foram observadas diferenças na prontidão física (p=0,4235) ou mental (p=0,99) e na percepção subjetiva de esforço entre as condições placebo e cafeína (p=0,2826). Podemos concluir que a ingestão de 5mg/kg de peso de cafeína não foi capaz de alterar o desempenho de socos de lutadores, quando avaliado a frequência de golpes, força média e máxima, PSE e prontidão mental e física para investir no esforço.

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