COMPARAÇÃO Entre Os Fatores
associados à Resistência à Insulina no Final da Infância e Início
da Adolescência.

Nome: VIRGILIA OLIVEIRA PANI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/07/2017
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ELIANE RODRIGUES DE FARIA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ELIANE RODRIGUES DE FARIA Orientador
JOSE GERALDO DAS N.ORLANDI Examinador Interno
MIRIAM CARMO RODRIGUES BARBOSA Coorientador
RAFAEL DE OLIVEIRA ALVIM Examinador Externo
VALDETE REGINA GUANDALINI Suplente Interno

Resumo: Objetivou-se comparar os fatores de risco associados ao desenvolvimento da
resistência à insulina (RI) no final da infância (8-9 anos) e início da adolescência (10-14 anos), em crianças e adolescentes do município de Vitória-ES. Trata-se de estudo observacional, transversal com 296 crianças e adolescentes de 8 a 14 anos de escolas públicas de Vitória/ES. Para avaliação do perfil bioquímico, após jejum de 12 horas, procedeu-se à coleta de 10 mL de sangue, para determinação de glicemia de jejum, insulina plasmática, colesterol total e frações (HDL e LDL),triglicerídeos plasmáticos (TGC), ácido úrico (AU), proteína C reativa e leucócitos totais. A RI foi avaliada realizando-se o cálculo do índice HOMA-IR. Foram obtidas medidas de peso, estatura, perímetro da cintura (PC), perímetro do pescoço (PP),perímetro do quadril (PQ) e percentual de gordura corporal (%GC). Avaliou-se as condições socioeconômicas, prática de atividade física, hábitos alimentares, tabagismo e etilismo. Utilizou-se Teste de normalidade de Shapiro Willk, testes não
paramétricos e modelos de regressão logística simples e múltiplo. O projeto foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal do Espírito Santo (parecer n° 1.565.490) e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e Assentimento foi assinado pelos participantes e seus responsáveis. Dos participantes, 54,4% eram do gênero feminino e 53,7% eram adolescentes. O gênero feminino e a adolescência apresentaram maiores chances de inadequação de insulina e RI. A adolescência apresentou maior chance de inadequação do
número de refeições, uso do tablete ou celular, tempo de tela e consumo de bebida alcoólica. Todas as variáveis antropométricas, tempo no tablete ou celular, tempo assistindo televisão (TV) e o tempo de tela total se correlacionaram positivamente com a insulina e o HOMA-IR. O grupo com RI apresentou maiores valores de todas as variáveis antropométricas e da maioria das variáveis bioquímicas e de estilo de vida, assim como o quartil mais elevado do HOMA-IR. Os indivíduos que apresentaram excesso de peso, inadequação no PC, PQ, PP, Relação Cintura/Estatura, excesso de gordura corporal, inadequação da glicose, HDL, TGC, razão TGC/HDL, ácido úrico, insulina, síndrome metabólica, maior tempo assistindo TV, maior tempo de tela, maior disponibilidade familiar de açúcar e os indivíduos cujo pai não trabalha fora, demonstraram mais chance de ter RI, na amostra total.
No modelo final permaneceram relacionados a RI na amostra total o excesso de gordura corporal, o tempo assistindo TV superior a 2h/dia e o pai não trabalhar fora, já na infância, a razão TGC/HDL ≥p90, AU ≥p90 e o tempo assistindo TV superior a 2h/dia e na adolescência permaneceram o excesso de gordura corporal, o tempo assistindo TV superior a 2h/dia e a família receber recurso do governo. Conclui-se que os fatores de risco relacionados a RI após ajustes demonstraram comportamentos diferentes nas fases avaliadas. A RI na infância esteve mais relacionada a parâmetros bioquímicos e ao estilo de vida e na adolescência associou-se mais à composição corporal, ao estilo de vida e a fatores socioeconômicos, devendo desta forma, considerar as fases separadamente ao avaliá-las.
Palavras-chave: Resistência à Insulina. Fatores de Risco. Infância. Adolescência.

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