ÁCIDO Úrico e Fatores de Risco Cardiovasculares no Final da Infância e Início da Adolescência

Nome: MARCOS ALVES DE SOUZA PEÇANHA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 01/10/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ELIANE RODRIGUES DE FARIA Orientador
MIRIAM CARMO RODRIGUES BARBOSA Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA LIMA LEOPOLDO Examinador Interno
ANDRÉ SOARES LEOPOLDO Suplente Interno
ELIANE RODRIGUES DE FARIA Orientador
ELIZABETE REGINA ARAÚJO DE OLIVEIRA Examinador Externo
MIRIAM CARMO RODRIGUES BARBOSA Coorientador

Páginas

Resumo: O objetivo deste estudo foi investigar a relação entre o ácido úrico e os fatores de risco cardiovasculares no final da infância (8-9 anos) e início da adolescência (10-14 anos), de escolares da região de Maruípe no município de Vitória-ES. Trata-se de estudo transversal, observacional por conveniência com 296 crianças e adolescentes, de ambos os sexos, de 9 escolas públicas do município de Vitória-ES. Foram realizadas avaliações antropométricas, hemodinâmicas e bioquímicas (jejum de 12 h), a coleta de sangue foi utilizada para determinar a glicemia de jejum, insulina plasmática, colesterol total e frações (HDL e LDL), triglicerídeos plasmáticos (TGC), ácido úrico (AU), insulina plasmática, proteína C reativa e leucócitos totais. A resistência à insulina foi avaliada realizando-se o cálculo do índice HOMA-IR. Foram obtidas medidas de peso, estatura, perímetro da cintura (PC), perímetro do quadril (PQ) e percentual de gordura corporal (%GC). Na avaliação para o ácido úrico foram considerados elevados os valores acima do percentil 90 de acordo com cada fase e sexo. As análises estatísticas foram realizadas pelo Teste de Kolmogorov-Smirnov, Teste do Qui-quadrado ou Teste Exato de Fischer, Teste de Mann Whitney, Correlação de Pearson ou Spearman e modelos de regressão logística simples e múltiplo. O nível de significância adotado foi p<0,05. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal do Espírito Santo (parecer n° 1.565.490) e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e Assentimento foi assinado pelos participantes e seus responsáveis. Observou-se que a amostra foi composta de 54,4% (n=161) do sexo feminino, tendo como média de idade 10,7 ± 2,0 anos e 54,0% (n=159) eram adolescentes. Quando avaliado as prevalências de inadequações antropométricas e composição corporal de acordo com a classificação de ácido úrico segundo as fases, tanto na infância quanto na adolescência, o excesso de peso, PC, PQ, relação cintura estatura (RCE) e excesso de gordura corporal apresentaram maior prevalência em relação ao ácido úrico elevado, e nas alterações bioquímicas e clínicas. Na infância a significância manifestou-se no HDL, insulina e resistência à insulina, e na adolescência com a pressão arterial, LDL, insulina e resistência à insulina. A correlação entre os níveis de ácido úrico com a composição corporal, bioquímica e clinica, foram moderadas na infância com peso, RCE, PQ, %GC, e de forma negativa com o HDL. A regressão simples na infância indicou que o IMC, PC, PQ, RCE, %GC, Índice HOMA-IR elevados e HDL baixo, e na adolescência IMC, PQ, RCE, %GC, PA, LDL e Índice HOMA-IR demonstraram maior chance de apresentarem ácido úrico elevado. No modelo de regressão logística múltipla para remoção do efeito, observou-se que nenhuma variável se manteve associada. Conclui-se que crianças e adolescentes com ácido úrico elevado não apresentaram associação para fatores de risco cardiovascular. No entanto, nota-se valores mais elevados de ácido úrico nos indivíduos avaliados com inadequação dos parâmetros antropométricos e de composição corporal.

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