Associação Entre Adesão à Dieta Mediterrânea e Síndrome Metabólica e Seus Componentes em Participantes do Elsa-brasil

Nome: LARISSA DE CARVALHO NASCIMENTO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 18/03/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CAROLINA PERIM DE FARIA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CAROLINA PERIM DE FARIA Orientador
MARIA DEL CARMEN BISI MOLINA Examinador Interno
TAÍSA SABRINA SILVA PEREIRA Examinador Externo

Resumo: Síndrome metabólica (SM) é compreendida como um conjunto de sinais relacionados ao risco cardiovascular. Sua relevância tem aumentado devido sua alta prevalência, além de estar relacionada a um alto custo para o controle de seus componentes. Sua etiologia é complexa, porém está ligada a fatores de risco como predisposição genética, inatividade física e alimentação desbalanceada. Para sua prevenção e tratamento, medidas farmacológicas e não farmacológicas devem ser tomadas. No contexto não farmacológico, a intervenção dietética é essencial, diante disso, a dieta Mediterrânea vem sendo apresentada como uma abordagem efetiva na prevenção e tratamento da SM. A dieta Mediterrânea tradicional é característica da alimentação dos países da bacia do mar Mediterrâneo, porém é disseminada também em outras regiões. Devido às variações sofridas por este padrão alimentar, diferentes metodologias para avaliação de sua adesão foram desenvolvidas. Contudo, o Brasil é um país que não possui uma proposta adaptada para sua população. O objetivo deste estudo seccional é adaptar o método Mediterranean-Style Dietary Pattern Score (MSDPS), originalmente desenvolvido para americanos, para a população brasileira, aplicá-lo e investigar a associação entre a adesão à dieta e a SM e seus componentes na população ELSA-Brasil. O diagnóstico de SM foi baseado no critério NCEP ATPIII, além de se considerar o uso de medicamentos associados aos sinais da SM. As variáveis de consumo alimentar foram coletadas por um questionário de frequência alimentar desenvolvido e validado para a população de estudo. A amostra estudada foi de 8.296 indivíduos (47,5% homens e 52,5% mulheres). A frequência de SM na amostra geral foi de 35,7%. O componente que apresentou maior prevalência foi a hiperglicemia (71,3% na amostra geral e entre os sexos – 81,1% no sexo masculino e 62,4% no feminino). A adesão à dieta Mediterrânea ocorreu na faixa de 1,74 – 51,92%, sendo maior no sexo feminino em relação ao masculino (média de 23,4 vs. 22,74% p < 0,001). Associações inversas entre adesão à dieta Mediterrânea e SM (ORT3 x T1 0,768 IC95% 0,657-0,911) seus componentes - obesidade (ORT3 x T1 0,775 IC95% 0,660-0,910), pressão arterial elevada (ORT3 x T1 0,804 IC95% 0,679-0,952) e hipertrigliceridemia (ORT2 x T1 0,793 IC95% 0,669-0,940) - foram encontradas apenas no sexo feminino. No sexo masculino, o maior tercil de adesão à dieta Mediterrânea apenas se associou significativamente com a hiperglicemia (ORT2 x T1 1,411 IC95% 1,154-1,725). Diante disso, foi possível observar que a adaptação do método foi eficaz para averiguar a adesão a dieta Mediterrânea na amostra estudada, evidenciando uma baixa adesão à mesma. O fator de proteção da dieta Mediterrânea em relação à SM foi observado apenas no sexo feminino, podendo, assim, ser considerada uma boa estratégia nutricional para a mesma.

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